sexta-feira, 11 de outubro de 2013

TEMPESTADE...


Viver tem sido carregar todos os fardos de sinuosos movimentos que uma Ventura pode nos brindar...

Por longas datas um tempestuoso devir buscara daqui me deslocar, por todas as direções e flechas que indicavam um caminho, que sob o caos, existia um lugar pra me confortar... Me conformar...

Uma casinha assim, 2 por 2, igual a 4, com comida, água, alma lavada e um ar pra respirar...

E todo o amanha assoprado violento pelo caos, era desmatado por simples contas matemáticas ou preces de uma oração...

Na ponta dessa flecha eu me deslocaria adiante, distante de outras direções...

Eu seguiria adiante, devir constante, desenfreado, desbravador para além das estrelas...

Seguiria... Seguiria... Mas fiquei... E por longas datas me finquei e resisti o voraz avanço da tempestade, que por vezes adormecia e uma leve brisa me sincronizava você...

E por essas vezes, montávamos uma casinha assim, 2 por 2, igual a 5...

E com golpes de pincel, pintávamos e coloríamos um céu... Um sol e um oceano para em seus mares navegar, em sereno exílio...

Por vezes a melodiosa brisa cantava nós dois... E esse às vezes então chegava ao fim com o anuncio da próxima e longa tempestade que carregaria junto com a casinha, as cores e você... Pois ali novamente me finquei, por longas datas, querendo acreditar que, a tempestade em círculos, um dia completaria sua volta... E traria você de volta...

Postado fiquei e dezenas de brisas “retornariam” sem sincronizações, sem mais canções. Trazendo de inicio a solidão seguida do silencio da solitude...

Sem base, sem estrutura e sem sonhos para ao menos levitar rumo às estrelas e dali montar um onírico solar e ver você navegar além... Partir de carona sob as flechas em devir voraz, adiante, adiante e adiante...

“hoje eu decidi fazer uma rua só pra você... deve ser um monte de coisas que sonhei...”


Viver tem sido carregar um fardo de Venturas, esperando a tempestade se dissipar, pra eu ver você passar... Morena... Dançando e bailando deliciosamente, dissonante à violenta tempestade do caos...


domingo, 31 de março de 2013

SONHE-ME...


Sussurre uma só vez mais em meus sonhos morena...
"Iremos nos encontrar"...
Numa esquina qualquer
Numa mesa de bar
Como a ventura quiser
Ao mando do caos
Da utopia a entropia
À sorte ou azar...

Sussurre em ondas, oníricas meu bem
Em mapas e trilhas, nos guarde também
Símbolos em canções
O destino em sincronia
Assoprado em poesia
Sussurre em sonhos, meu bem...

Sonhe-me até ti
Sonhe-me para casa
Sonhe-me à Avalon
Sonho-te até mim...

Sonhe-me em seus mares
Sonhe-me suas ondas
Sonhe-me seus lábios
Sonho-te sem cais...

Brindemos em luxuria
Em vinho e ambrosia
À imortalidade
Ao fim
Ao eterno retorno
Sonhe-me profundamente em ti

Sonho-te voraz
Sonhemos Supernova...

Desperte-me sem ti
Que morro enfim
Trancado em cores, esquinas e bares
Sem mais sopros e poesia
Vago e vago sem rumo
"Desaguardo" distraído pelo dia

Que possas tu, moça, meu bem
Cantar novos sussurros
Incitando-me a sonhar uma vez mais
Nosso eterno retorno
De gloria e ruína...
Veneno e doce prazer
Sonhe-me te viver
Sonhe-me te morrer

Sonhemos Supernova
Sussurre meu bem... Poesia e sincronia...

"Encontre-me em Montauk..."


sábado, 30 de março de 2013

EXÍLIO...


O tempo é uma face n'água... E em seus mares me encontro, refletido e exilado...

11000 dias... Um barco navega, sem quando e sem lugar...


CAVANDO NUVENS...


Você quer me ver fazendo o melhor
Mostro-lhe a face mórbida
Minha face real
Meu melhor estado em notas e papel...

Saltando ao fundo do poço
Você quer me ver fazendo o melhor
Faço o meu melhor
E começo a cavar mais fundo
Profundo
Profundamente...

Esse é o melhor de mim baby...

Retorne a margem e escute o melhor que fui
Cavando tesouros em sombras brilhando intensamente o diamante louco... Eu fiz o meu melhor...


IN SOLITUDE...


Em solitude me desencontro... Onde fui me deslocar?
Em que ponto ponteiro parei pra te acompanhar vagando serenamente sob meus olhares enamorados?
Parei... E diante devir, devo ter me perdido por ai...
Pois sobre esses mesmos olhares, abruptamente, não vi disparar o devir...
Em que ponto cronometro falhei?

Desse devir hoje me escondo, não mais em solidão... Mas em solitude vacante e vagante... 

Em solidão, na proa, a alma a tona me fez gravitar por ti... Por seus traços... Por seus movimentos maliciosos e progressivos... Eram círculos de um ópio voraz... De seu doce veneno eu morria, todos os dias, para me sentir vivo, em solidão...

Em solitude meu bem, nem mais te incubo minha pequena... Em sonhos e barroco, partiu a solidão... E me encontro só, sem ti, sem mim... Sem mapas celestiais, minha poesia vaga pelo umbral... E canto "covers" em recipientes virtuais, exilando meu corpo em paz para se definhar em solitude, sem alma e sem dor...

Em solidão "é de lagrimas que faço um mar pra navegar..."
Em solitude trafego sem poesias por um eterno "dia bom em que nada se moveu..."

O vazio me desloca... Sem deixar lugares... Sem me empurrar nas horas... E por agora, apenas assisto sob olhares recipientes o devir... O devir... O devir... O devir... 

Em que ponto ponteiro parei para acompanhar sob meus olhares enamorados você em eu partir?