Viver tem sido carregar todos os fardos de sinuosos
movimentos que uma Ventura pode nos brindar...
Por longas datas um tempestuoso devir buscara daqui me
deslocar, por todas as direções e flechas que indicavam um caminho, que sob o
caos, existia um lugar pra me confortar... Me conformar...
Uma casinha assim, 2 por 2, igual a 4, com comida, água,
alma lavada e um ar pra respirar...
E todo o amanha assoprado violento pelo caos, era desmatado
por simples contas matemáticas ou preces de uma oração...
Na ponta dessa flecha eu me deslocaria adiante, distante de
outras direções...
Eu seguiria adiante, devir constante, desenfreado,
desbravador para além das estrelas...
Seguiria... Seguiria... Mas fiquei... E por longas datas me
finquei e resisti o voraz avanço da tempestade, que por vezes adormecia e uma
leve brisa me sincronizava você...
E por essas vezes, montávamos uma casinha assim, 2 por 2,
igual a 5...
E com golpes de pincel, pintávamos e coloríamos um céu... Um
sol e um oceano para em seus mares navegar, em sereno exílio...
Por vezes a melodiosa brisa cantava nós dois... E esse às
vezes então chegava ao fim com o anuncio da próxima e longa tempestade que
carregaria junto com a casinha, as cores e você... Pois ali novamente me
finquei, por longas datas, querendo acreditar que, a tempestade em círculos, um
dia completaria sua volta... E traria você de volta...
Postado fiquei e dezenas de brisas “retornariam” sem
sincronizações, sem mais canções. Trazendo de inicio a solidão seguida do
silencio da solitude...
Sem base, sem estrutura e sem sonhos para ao menos levitar
rumo às estrelas e dali montar um onírico solar e ver você navegar além...
Partir de carona sob as flechas em devir voraz, adiante, adiante e adiante...
“hoje eu decidi fazer uma rua só pra você... deve ser um
monte de coisas que sonhei...”
Viver tem sido carregar um fardo de Venturas, esperando a
tempestade se dissipar, pra eu ver você passar... Morena... Dançando e bailando
deliciosamente, dissonante à violenta tempestade do caos...
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