segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ÀS VEZES...

Às vezes...
Me perco, e me encontro...
Às vezes...
Me encontro, e me engano...

Às vezes...
À leve brisa
Sou levitado a distancias
Sem deixar de aqui estar

Às vezes...
Ao forte vento
Sou carregado a distancias
Sem deixar de aqui manter

Às vezes eu...
Às vezes você...

E quando às vezes
As minhas lembranças trazem você...

E quando às vezes
Os lugares ganham concepções fenomenológicas...

E quando às vezes
Canções são entoadas em cada esquina...

E quando às vezes
Sonhos e pesadelos se tornam paradoxos...

E quando às vezes
Me impregno de tais pela manhã...

E quando às vezes
Os dias das semanas se tornam sobrecarregados de tanto vazio...

E quando às vezes
Os finais de semanas se tornam abismos...

É quando “às vezes” se tornam eternos...

E é quando às vezes
Me desespero
Me perdendo e me encontrando...

É quando efêmeras às vezes
Me alivio
Me encontrando e me enganando...

E me enganando e me perdendo
Procuro me encontrar
Dentro de um espelho
Ou do seu recorte
Pra sempre me esquecer...

...por completo...

Daniel Souza Santos



quarta-feira, 7 de outubro de 2009

BRINCANDO DE SER DEUS...

Em palavras
Diga-me o que é o amor...
Ouça o que eu tenho a lhe dizer...
E como os sinos da capela...
Voando baixo...
Toque as nuvens...
Você terá um sonho comigo...
Os mesmos pássaros...
Dizem adeus
E você já pode sentir...
Podemos sentir...
À leve brisa nos encontramos
Um lugar para ficar...
E nada para comer...
Escalo, escalo, escalo...
Mais alto mais baixo...
Outono carrega as folhas
Nossos corpos se fundem...
Sem existir...
Sem pensar em existir...
Diga-me o que é o amor
Mas não ouça o que eu tenho a lhe dizer
Como os sinos da capela
Entre o jardim dourado
Outono carrega
Tépido o crepúsculo
Homens apreciam...
O amor desenhado...
Ecoa no espaço
Imaterialmente...
E remo só...
Inerte rumo aos sinos...
Que tocam seu espírito...
Diga-me o que é o amor
Eu lhe mostro o que é ser Deus...
Brincando e fazendo amor...
Beijando os lábios teus...
Ouça...
O que eu...
Tenho...
A lhe dizer...
Sem precisar...
Dizer...
Apenas...
Feche...
Os olhos...
Em silencio...
Ouça...
E toque...
As nuvens...
Leve...
Mente...
Amor!

Daniel Souza Santos

domingo, 4 de outubro de 2009

A MISSA...

Linda moça
Desejo que morra... morra... morra...
Bordada de flores
Das mais belas flores
Irei te velar
Irei te vê lá...

Imutável moça
Desejo que morra... morra... morra...
Para descansar(me)
Desse dia e adiante
Livrai-me do mal, desse instante e além...

Livrai-me do mal, desse instante e além...

Daniel Souza Santos