quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

BREVE POESIA MORENA DE UM ANO


não mais escrevo com versos
converso apenas com o mundo
sobre o mundo
no mundo
mundo fora
e fora de mim...

porque não mais converso com versos comigo?

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porque no silencio das linhas desse papel
minha alma poesia ganhou forma, curvas e cor
minha alma poesia completa hoje um ano de vida
minha alma morena poesia... leve, serena a vagar
a mais bela de todas morenas almas...
minha pequena, não mais te incubo em poesia...
minha pequena, és tu quem incuba todos os meus versos
e os declama com curvas, sabor e perfume
seu perfume... canções... slide away... nossa partitura...
morena poesia minha
versos que te devoro
versos que te respiro


versos que te Amo...


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sexta-feira, 25 de abril de 2014

DES-LUGAR...



Estar aqui sozinho é tão incompleto sem você...

Se um dia você me abandonar, esse se tornará o lugar/canto mais emblemático na canção "as vezes me vejo trancado em um lugar que você desenhou"... E esse as vezes será para sempre... Cores que ironicamente irão amaldiçoar esse lugar...

Quando você me abandonar, esse será um des-lugar... E quando, por acidente, sozinho eu retornar, deixarei de estar incompleto, para estar suspenso no ar, tamanho o peso do vazio de quando você me abandonar...

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domingo, 12 de janeiro de 2014

O SONO... A INSÔNIA...



“Irmão eremitas, eu lhes falo na língua do sono, que somente os sonhadores podem falar, ouvir e compreender. Na terra do sono há visões ricas, música maravilhosa, beleza para todos os sentidos e pensamentos que não ousam existir sob a luz forte e impiedosa do sol. Não acordem do seu sono e não resistam aos outros eremitas usando seus próprios meios, porque embora possam vencer, se tornarão como eles, cegos à beleza, à delicada visão, a tudo que os duros fatos destroem no mundo desperto. Portanto, durmam...” (Bertrand Russel, 1929)


Esqueça permanentemente
O silencio que desejou segundos atrás
Profundo e eterno
Que não se findou

Esqueça os planos organizados
Da realidade a utopia
Da luta a paz
Da paz a entropia

E esqueça que o sangue que escorre em sua face
Assisto e alimento
A dor e a humanidade

Que a voz que nos ergue é fruto da crise
Do medo e do ódio
Coragem e fantasia

Esqueçam as regras socializadas
Eles ou elas
Aqueles que amam
Saboreiam a dor e a humanidade

Das vitórias vivenciadas
Esqueçam as vidas derrotadas
Aqueles que lamentam
Choram a dor e a humanidade

Censure a censura
Da luta a entropia
Desliguem os sentidos
A música e a poesia...

Plantem os sonhos codificados
De sensações superficiais
Da paz a guerra
Da guerra a “distopia”...

Ecos internos disparam contra nossos corpos
Movimentos que nos traem...

Dar novas cores e lados ao tempo
Traem-me os olhos conformados às sombras...

Ao mal e a cura
Ao bem e a dor...

Ao negro e ao sono
Ao alvo e o despertar...

Vou me recortando...
Me “des-recordando”...
Me “inanimando”...

Vou me aprofundando na insônia para nunca mais sonhar
E sentir a dor... E a humanidade...

E ver outro alguém... Dentro de nós...

Eu fora de mim...
À liberdade...

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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

TEMPESTADE...


Viver tem sido carregar todos os fardos de sinuosos movimentos que uma Ventura pode nos brindar...

Por longas datas um tempestuoso devir buscara daqui me deslocar, por todas as direções e flechas que indicavam um caminho, que sob o caos, existia um lugar pra me confortar... Me conformar...

Uma casinha assim, 2 por 2, igual a 4, com comida, água, alma lavada e um ar pra respirar...

E todo o amanha assoprado violento pelo caos, era desmatado por simples contas matemáticas ou preces de uma oração...

Na ponta dessa flecha eu me deslocaria adiante, distante de outras direções...

Eu seguiria adiante, devir constante, desenfreado, desbravador para além das estrelas...

Seguiria... Seguiria... Mas fiquei... E por longas datas me finquei e resisti o voraz avanço da tempestade, que por vezes adormecia e uma leve brisa me sincronizava você...

E por essas vezes, montávamos uma casinha assim, 2 por 2, igual a 5...

E com golpes de pincel, pintávamos e coloríamos um céu... Um sol e um oceano para em seus mares navegar, em sereno exílio...

Por vezes a melodiosa brisa cantava nós dois... E esse às vezes então chegava ao fim com o anuncio da próxima e longa tempestade que carregaria junto com a casinha, as cores e você... Pois ali novamente me finquei, por longas datas, querendo acreditar que, a tempestade em círculos, um dia completaria sua volta... E traria você de volta...

Postado fiquei e dezenas de brisas “retornariam” sem sincronizações, sem mais canções. Trazendo de inicio a solidão seguida do silencio da solitude...

Sem base, sem estrutura e sem sonhos para ao menos levitar rumo às estrelas e dali montar um onírico solar e ver você navegar além... Partir de carona sob as flechas em devir voraz, adiante, adiante e adiante...

“hoje eu decidi fazer uma rua só pra você... deve ser um monte de coisas que sonhei...”


Viver tem sido carregar um fardo de Venturas, esperando a tempestade se dissipar, pra eu ver você passar... Morena... Dançando e bailando deliciosamente, dissonante à violenta tempestade do caos...


domingo, 31 de março de 2013

SONHE-ME...


Sussurre uma só vez mais em meus sonhos morena...
"Iremos nos encontrar"...
Numa esquina qualquer
Numa mesa de bar
Como a ventura quiser
Ao mando do caos
Da utopia a entropia
À sorte ou azar...

Sussurre em ondas, oníricas meu bem
Em mapas e trilhas, nos guarde também
Símbolos em canções
O destino em sincronia
Assoprado em poesia
Sussurre em sonhos, meu bem...

Sonhe-me até ti
Sonhe-me para casa
Sonhe-me à Avalon
Sonho-te até mim...

Sonhe-me em seus mares
Sonhe-me suas ondas
Sonhe-me seus lábios
Sonho-te sem cais...

Brindemos em luxuria
Em vinho e ambrosia
À imortalidade
Ao fim
Ao eterno retorno
Sonhe-me profundamente em ti

Sonho-te voraz
Sonhemos Supernova...

Desperte-me sem ti
Que morro enfim
Trancado em cores, esquinas e bares
Sem mais sopros e poesia
Vago e vago sem rumo
"Desaguardo" distraído pelo dia

Que possas tu, moça, meu bem
Cantar novos sussurros
Incitando-me a sonhar uma vez mais
Nosso eterno retorno
De gloria e ruína...
Veneno e doce prazer
Sonhe-me te viver
Sonhe-me te morrer

Sonhemos Supernova
Sussurre meu bem... Poesia e sincronia...

"Encontre-me em Montauk..."


sábado, 30 de março de 2013

EXÍLIO...


O tempo é uma face n'água... E em seus mares me encontro, refletido e exilado...

11000 dias... Um barco navega, sem quando e sem lugar...


CAVANDO NUVENS...


Você quer me ver fazendo o melhor
Mostro-lhe a face mórbida
Minha face real
Meu melhor estado em notas e papel...

Saltando ao fundo do poço
Você quer me ver fazendo o melhor
Faço o meu melhor
E começo a cavar mais fundo
Profundo
Profundamente...

Esse é o melhor de mim baby...

Retorne a margem e escute o melhor que fui
Cavando tesouros em sombras brilhando intensamente o diamante louco... Eu fiz o meu melhor...